Uma rapariga só, com um bloco de notas.
Curvada, com boina preta.
Ao fundo, os camaleões desfilam ao som da marcha anti-nupcial, esperando os demais da sua espécie.
Caras (des)conhecidas cruzam-se com o olhar absorvido nas linhas. Com desaprovação avaliam a imagem de quem não conhecem. Usual.
Os sonhos incertos encontram-se no outro lado do vidro sujo. As realidades no lado de cá.
É uma rapariga só, incerta e insegura.
O que está dentro dela? Nem por certo ela sabe.
08.11.2011
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