A chama cresce a caminho do negro, queimando a distância da terra ao paraíso; a noite escura fecha-se sobre si e engole o brilho das galáxias enquanto um lençol de nuvens se estende sobre os crânios terrestres.
O motor ruge sobre o asfalto negro como a noite, e o rádio interfere com o movimento das ondas que nadam sem serem vistas. Pequenos pontos de luz, vermelhos, brancos ou alaranjados surgem à vez, encadeiam e desmaiam.
Seguimos viagem de olhos vendados. No fim do caminho, caímos como pétalas atiradas a um abismo - nada se ouve quando embatemos no fundo.
Somos instantes.
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