Abre a janela; olha a rua e as pessoas que passam.
Olha as árvores, as copas verdejantes; olha os candeeiros adormecidos pela luz diurna.
Olha as pedras da calçada, essas velhas carpideiras dos funerais que marcham com dois pés ao longo da avenida.
Olha o céu e o rasto branco dos abre-fronteiras; olha os prédios, os novos e os velhos; olha os bichos, olha o vento e o cheiro da cidade.
Abre a janela e olha-te ao espelho; és aquilo que vês.
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