09 junho, 2011

Não devia existir a palavra Adeus nem a palavra Despedida. Mesmo que a presença física nunca mais esteja presente, algures nas entranhas, na alma ou no coração, a presença assídua das memórias se fará sentir. E será aí que ecoarão os risos e sufocados serão os choros. Que os pormenores irão agora ter importância e que os olhos nos farão relembrar como era a alma dessas pessoas.
E quem disse que a saudade era uma coisa má? É o doce e o amargo, o yin yang do coração. Temos que sentir um pouco de amargura para podermos dar então importância à doçura que nos envolveu e esperançosamente nos continuará a envolver.
Todos temos elos que nos ligam a pessoas. Pessoas que nos marcam, que mais ou menos, dependendo do dia, do ano, do mês ou da hora, podem estar ou não visíveis, podem estar ou não palpáveis. Mas que estarão eternamente disponíveis para darem e ouvirem uma palavra de amizade, um reconforto, um gesto terno. E todos, juntos, elo a elo, manteremos o círculo unido, e aí saberemos como desenhar um círculo perfeito.

"Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

-Vinicius de Moraes 

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